Enfim tenho uma opinião sobre o fim dos Los Hermanos. Mesmo que não seja exatamente sobre o fim, pois já escrevi sobre isso no passado em resposta a uma post incrível que o Pedro Perurena fez na Dois Pontos. Mas enfim, o que merece uma opinião final é a dúvida que eu alimentava em relação a minha admiração maior ser direcionada ao Rodrigo Amarante ou ao Marcelo Camelo. É essa conclusão que chego e que falo aqui.
Ainda respeito o Camelo, mas já me dou direito a compará-lo com algumas pessoas que não fazem parte da minha galeria de gente afudê. Não tenho mais como pensar no Camelo sem lembrar da Maria Rita (e do Ivan Lins!). Que considero uma jovem senhora que acredita muito na genética. Até por eu gostar bastante de Elis Regina e achar que tudo que ela tinha que ter feito, ela fez dentro do seu próprio corpo. Além disso tenho preconceito com quem sobe ao palco de pés descalço sem estar muito drogado.
Do disco SOU eu gosto. Doce Solidão acho leve, aconchegante, marítima. Não me incomoda ver semelhança com o Jack Johnson (ainda não encontrei quem concordasse comigo nisso, mas On And On me lembra muito Doce Solidão, ou o inverso - recruto apoiadores). Copacabana tem uma referência que eu não curto por não gostar de baile de carnaval. A propósito, nada me incomoda mais do que o Concurso de Marchinhas da Fundicão Progresso. Porém gosto de Liberdade. E também de Janta, Tudo Passa e Mais Tarde.
O que me incomoda é algo na imagem que estou projetando no Camelo que vem com a sua postura feliz e suave. Algo que eu não sei explicar, mas que ouvi alguém resumir perfeitamente: eu não me surpreenderia se o próximo projeto do Camelo ser um disco infantil. É isso.
Bem, e sobre o Amarante...
Ainda não tenho certeza pois não ouvi bem o Little Joy, mas me agrada o fato dele estar indo pra um lado que não tem nada a ver com Ivan Lins.