registro ortográfico do dia
Pensar é pra dentro.
Falar é pra fora.
As vezes penso que falei.
Mas só pensei.
As vezes sinto que faltou falar.
E já falei.
Tem um monte de fintas cerebrais que a gente inventa em algum momento -talvez da nossa infância- que servem pra gente ser aceito, pra conseguir o que quer, pra ganhar carinho, pra se safar e pra vários outros fins animais. Esses padrões sequenciais de pensamento que são dissimulações e que chamo de finta se tornam, com o tempo, a matriz do pensamento.
Teve uma época que eu gostava muito de fazer mapas cerebrais. Que são registros gráficos dos pensamentos de um determinado momento. São legais porque são ativadores de memória incríveis. Se hoje olho algo que eu rabisquei há anos, lembro de praticamente tudo que passava na minha cabeça naquele momento. É beeem divertido. Geralmente a diversão era diretamente relacionada a alguma substância de alteracão de consciência. O que me leva praquela velha questão de como é possível a gente obter desenvolvimento cerebral através da experimentacão e auto-avaliação pseudo-científica. Hoje esse cérebro azeitado que escreve se diverte em deixar suas fintas como armadilhas pro narcisismo. Muitas delas são ortográficas, procurem. Me lembra a ponte de M, do artigo do Contardo Caligaris, que caiu na minha mão pra ler e acabou me guiando por um caminho divertidamente enriquecedor: uma vasta busca na memória da minha alfabetizacão. tenho vários mapas cerebrais desse percurso. Seguuuundo annnnno! Escada de cimento em L, erva de funcho, capuchinhos, ser jockey, driblar no futebol, caixa de areia, goleiro. Que legal. Ah, se alguém chegou a ler até aqui, agradeço o interesse. :)
3 comments:
eu :p
nao entendi muito, mas foi legal a viagem! :)
Genial. Vou tentar elaborar os mapas cerebrais.
Tia
Eba, tia presente nos comentários!
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