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Monday, September 17, 2007

VOTE 500 ganha força na Líbia

Ontem li uma matéria interessante na Folha de São Paulo, sobre um econegócio que a Líbia está desenvolvendo e que vai ser um dos maiores projetos de turismo sustentável. É um negócio incrível que tá sendo lançado pelo filho do ditador que já foi o maior desafeto do mundo, ninguém menos do que Muammar Gaddafi. O lance deles é fazer um carinho na opinião pública pra ser novamente aceito pelo mundo e também para dar uma sobrevida nos trinta e tantos anos de poder na família. Seja lá qual for o motivo, parece que essa onda verde tá mesmo trazendo consequências válidas.

Outro dia fiquei pensando que se o mundo fosse um ser humano ele estaria passando hoje doloridamente pela crise dos quarenta, tendo sido fumante e bebedor forte. Seria um homem que já teve um enfarto e colocou uma ponte de safena. Que tem problema no fígado, bursite, perda óssea e tá com uma tosse insistente que teme ser um cancer. Ele passou a usar protetor solar e até a usar creme pra evitar rugas e já tá tentando mudar os hábitos pra ter vida atlética. Mas ainda não engrenou na nova fase com o empenho que ele precisa.

O que me deixa superficialmente entusiasmado é que a mudança parece ter começado.

Não esqueça, vote 500.

Tuesday, August 21, 2007

o laboratório cubano

Em 96 fui a Cuba participar de uma competição de natação. Éramos uma equipe de uns 20 brasileiros, sendo que os meus amigos Bier e Lisandro foram os gaúchos que também foram. Nadamos contra os cubanos na piscina olímpica espetacular que foi construida lá para o Panamericano de 87. A piscina auxiliar de aquecimento tinha áudio subaquático, o que me agradou muito.

Voltei de lá com uma medalha e com a sensação de ter visitado um laboratório da humanidade, um lugar onde alguém resolveu mudar tudo pra ver como funcionaria.

Lembrei disso ao ver essa notícia:

Um agente do serviço secreto soviético divulgou uma informação intrigante. Segundo ele, desde os anos 80, Cuba se tornou um laboratório de testes de sustentabilidade da humanidade. Segundo o militar que agora trabalha para a Chevron, o governo chinês controla a situacão do país de Fidel através de alguns poucos auxílios e jogo duplo de diplomacia para fazer paises como os EUA aplicarem embargos bem medidos que simulariam uma situacão de escassez de recursos comparável ao que o mundo poderá estar vivendo no prazo de 50 anos. O projeto ultrasecreto se explica na necessidade que o pais mais populoso do mundo têm de administrar recursos humanos num futuro onde sua população terá níveis educacionais bem superiores aos atuais ao mesmo tempo que experimentará uma retração econômica resultante de uma possível mudança da matriz energêtica e deterioração climática.


Alguém falou em conspiração?

Friday, August 10, 2007

fractal de humano

O ser humano é um ser muito igual.
É uma mesma essência por motivos biológicos.
Uma organização de orgãos e sistemas muito semelhantes.
Um ser que teima em dizer e achar que é diferente.
E tende a achar que é melhor ou pior, mas não igual.
Dificilmente nos consideramos iguais.
E geralmente esquecemos de procurar nossos chavões.

Por isso há tempos acho que está sobrando gente. Sobrando textos e opiniões. Por isso trabalho pra que minha opinião não seja encontrada. Pra que meus pensamentos não saiam da minha cabeça. Faço o possível pra guardar eles da impressão de qualquer pessoa. Pra não ser mais um e não enfrentar a própria consciência de que somos ordinários. Seres que se comportam em um mesmo padrão, com seus vícios.

Somos fractais da humanidade observadores e atores do nosso microcosmo, enquanto nossa influência comunitária nos faz atores no macrocosmo.

O microcosmo é o horizonte de percepção que cada um tem da sua própria vida. Enquanto o macrocosmo é a observação que fazemos da vida dos que estão intocáveis. E o extracosmo é aquilo que foge da nossa vista.

Cada vez que abro meu browser percebo que meu microcosmo aumenta. Mas aumenta da mesma forma que todo o universo cresce. Meu micro se funde ao de outros e ao mesmo tempo reocupa memórias que passam a ser codificadas pra não ocuparem espaço útil para o crescimento. Que são acessíveis sempre que consideramos que elas são necessárias para alcançarmos o planejado.

Sempre estamos nessa de voar para longe e guardar a memória do ponto de partida.

No tempo em que eu nasci
falei para o leiteiro
que a a terra era das vacas
ele sorriu pra mim
surgiu um amigo
e conversamos
tudo certo, ele disse que não faz mal às vacas
que só tira o que elas produzem
mas dói
não
somos humanos, assim que é.

Isso certamente é comum, meu amigo disse.
Respondi que nunca vi.
Mas na matriz é igual.
Por que?
Porque já aconteceu, já existiu algo assim.
Eu queria ter vivido antes do Beatles.
Aí você não veria o mundo assim.
Mas seria o meu mundo e nao o deles.
Tu não teria a influência deles.
Eu poderia escrever o submarino azul.
Patético. E por que seria melhor azul do que amarelo.
Porque seria meu.
Eu acharia pior.

Quando escrevo alguma coisa tenho a nítida impressão de que é desnecessária. De que já teve alguém que escreveu isso ou algo muito parecido. Tenho a impressão de que precisamos parar de querer aparecer. Que ler e pensar tem que ser valorizado mais do que falar. O adorável mundo novo tá com desproporção de alfas dominantes.

Por isso tudo, escolha ter um cachorro (por exemplo) em vez de um filho. Desacelerar o crescimento é o paradoxo da sobrevivência. É a necessidade que temos de encontrar a humildade como espécie. Slow down. Vote "500".

Agora deixo de lado o fluxo de consciência pra lembrar que, mesmo na publicidade, a responsabilidade pelo coletivo é necessária e possível.

Thursday, October 26, 2006

QUANTOS ANOS DE VIDA VOCÊ QUER QUE TENHA O PLANETA TERRA?

Eu e um milhão de pessoas estudamos a influência da atuação do ser humano no clima da terra e concluimos que tá foda e vai ficar pior. Nesses longos anos de estudo foram várias constatações: A mais indigna é que tem muita gente cagando pra isso. A mais perigosa é que os governos dos paises sabem que o problema tá ai piorando mas não farão nada até que a opinião pública dê apoio irrestrito a medidas drásticas de controle de emissões e tratem de criar contrapartidas ecológicas para a sustentação. A constatação triste é que cientistas são comprados por lobbys de empresas interessadas nisso ou naquilo e portanto seus laudos não tem valor. Estamos numa ruim, conclui-se.

Por isso criei um plano para salvar o mundo. A idéia é usar a crença que temos na democracia para decidir em conjunto o que vai ser desse planeta, ou melhor, quanto tempo ele vai durar. A decisão será nossa. Ao invés de deixar as coisas acontecer, vamos planejar o fim. Será um plebiscito mundial para responder a seguinte pergunta:

QUANTOS ANOS DE VIDA VOCÊ QUER QUE TENHA O PLANETA TERRA?

A votação vai ser no dia 20 de julho de 2012, o dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Até lá muito será discutido e você poderá saber muito mais sobre as possibilidades e debilidades do seu planeta.

Você responderá em uma cédula, traduzida para 347 línguas e dialetos, o período que você quer que o planeta tenha suprimento para a sobrevivência humana e das 14779 principais espécies. As opções serão:
- 40 anos
- 100 anos
- 200 anos
- 300 anos
- 500 anos
- tempo indeterminado

Conforme o resultado, medidas maiores ou menores serão tomadas. Por exemplo, se ganhar 40 anos, nada será feito. Mas se ganhar 200 anos, muita coisa vai mudar. E quem vai dizer o que vai mudar serão cientistas geneticamente modificados para não aceitarem propinas de empresas e governos.

Nesse meio tempo, procuro alguém mais bem relacionado do que eu para repassar a idéia para cientistas fodalhões que escreverão esse projeto com todo o embasamento necessário pra eu apresentar para a ONU.

Depois precisarei de testemunhais de apoio ;)