Friday, June 30, 2006

A Carol mandou esse link agorinha, depois da vitória da Alemanha sobre a Argentina.



Queria ser o Arnaldo Cesar Coelho dessa transmissão.
Olha só a escalação:

DEUTSCHLAND
1 Leibniz
2 I. Kant
3 Hegel
4 Schopenhauer
5 Schelling
6 Beckenbauer
7 Jaspers
8 Schlegel
9 Wittgenstein (Karl Marx)
10 Nietzsche
11 Heidegger

GRIECHENLAND
1 Plato
2 Epiktet
3 Aristoteles
4 Sophokles
5 Empedokles Von Acraga
6 Plotin
7 Epikur
8 Heraklit
9 Demokrit
10 Sokrates
11 Archimedes

Abritragem:
juiz: Confucio
bandeirinha: São Thomas Aquino
bandeirinha: São Agostinho

Thursday, June 29, 2006

Toda verdade sobre os Teletubbies




Os Teletubbies são, diria algum conspiratório, uniformizadores da ordem mundial. Dizem que o governo americando contratou um grupo de notáveis pra criar formas de sustentar a ordem mundial a longo prazo. E os caras, gênios de primeiríssima, vieram com o programa estruturado numa calhamaço de mais de mil páginas academidamente defendido e, no bolso, o minidisc com o programa piloto. Eles (galera fudida da Casa Branca) ouviram o plano e ficaram positivamente surpresos com as explicacões psicológicas, com as projeções, com os testes, enfim, aprovaram o programa com a orientacão de realizacão imediata. Então, pra não dar nas vistas, o diretor do grupo de pesquisadores foi pro mecado, contratou um laranja, ou melhor, uma dupla formada por Anne Wood e Andrew Davenport, de uma empresa fictícia chamada Ragdoll Productions, que apresentou o trabalho pra ABC, pra Warner e, sabendo que haveria um costas-quentes a espera, na BBC. Jogada de mestre o governoi americano ter feito o programa e entregado nas mão de uma emissora inglesa.

Primeiro achei isso uma grande bobagem, uma coisa estúpida, um exagero, uma pretensão da força da comunicacão. Mas depois li mais sobre o assunto e vi que é absolutamente coerente. Que a questão política tá diretamente ligada a indústria do entretenimento e que os Teletubies são apenas um exemplo.

A lógica é mais ou menos essa. É necessário um pouquinho de desapego pra acompanhar:
1- Defender a liberdade é defender a manutenção do poder americano.
2- Liberdade é ter escolha.
3- Escolha é uma coisa que pode ser influenciada. Vc pode escolher que não quer só pq os outros escolhem.
4- O entretenimento é uma ótima forma de influenciar pessoas.
5- Pessoas que sofrem as mesmas influências na tenra infância têm a tendência a uniformização dos processos mentais atingidos.
6- As crianças ficam o dia inteiro em casa com seus pais ou babás. Além de comer e borrar as fraldas, não fazem muito além de chorar.
7- Pais, por mais preparados que possam estar pra cuidar de bebês, numa hora ou outra se cansam da encheção das crianças e buscam algum método alternativo pra acalmá-las.
8- A TV tá presente em 93,97% das residências do mundo ocidental.
9- Pais preferem ver seus filhos tranquilos na frente da TV do que chorando loucamente.
10- Os teletubies chamam a atenção, vidram as crias.
11-Os pais não sabem bem porque, mas aceitam e acham até bonitinho que seus filhos vejam, sorriam e imitem algumas coisas.
12-Várias crianças atingidas pela mesma mensagem criam personalidades com curvas semelhantes em alguns aspectos.
13-Os Teletubies usam a repetição pra desenvolver os seguintes assuntos:
a- Siga o líder
b- Sorria sempre
c- Repita o que os outros fazem (se fizeram e gostaram é porque deve ser bom, então também gostarei).
d- A diversidade faz bem (apesar de falsa).
e- A homossexualidade é natural.
f- Transmita os seus pensamentos da forma que eles lhe foram ensinados.


Pode parecer bobagem, mas essas coisas fazem sentido. Dá pra explicar e até exemplificar alguns acontecimentos recentes. Veja bem, na música, por exemplo, cada vez mais tudo é parecido. Mesmo que exista uma diversidade enorme, as pessoas gostam de coisas parecidas e gostam de ouví-las repetidas vezes. As rádios que fazem sucesso tocam em torno de 200 músicas por dia, isso porque o cara que liga a rádio já sabe o que quer ouvir e está aberto a poucas novidades: apenas as que são parecidas com o que já é sucesso. Na TV também, o cara assiste séries que são sempre o mesmo enredo, as piadas são geralmente de repetição, vide Seinfeld, Friends, Simpsons e até os Monty Phyton. Aqui no Brasil novelas são sempre a mesma coisa, com os mesmo atores até. Os noticiários sempre mesclam tragédia, com falcatrua e, de vez em quando, mostra algum programa social, uma alma caridosa. Tudo em busca de emoções básicas como indignação, pena, raiva, medo. Enfim, tudo é igual, mas todo mundo acha que é diferente. Mesmo a internet e os blogs que se multiplicam, se vc olhar bem de perto, apesar da diversidade, os temas são sempre os mesmo.

A conclusão científica e profundamente embasada disso tudo é que somos cada vez mais clones inteletuais dos teletubies. Nosso cérebro vem sendo moldado pra fazer apenas o básico, pra sermos socialmente estáveis, pra rir do que é pra rir, pra acreditar que o mundo segue um rumo inalterável por uma única pessoa e até mesmo por um grupo grande delas. E, apesar da conspiração toda que existe nisso, não é culpa de alguém ou "deles". Somos nós mesmos que somos assim e queremos que continue sendo.

Estranho é que os itens que explicam a lógica conspiratória somam o total de 13.

A zebra entrou em campo, mas foi expulsa antes do fim




Esse cara aqui é o técnico de Gana. O cara que antes do jogo contra o Brasil fez declarações otimistas, valorizou a sua equipe, colocou seus jogadores em posição de igualdade com os brasileiros. Essa foto é de terça, 27, durante o jogo, em Dortmund.

Será que é estranho ele estar com uma gravata com listras diagonais em preto e branco, sendo que ele comanda uma equipe africana, que passou de fase num grupo difícil, que queria papar o favorito?

A comunicação pessoal, aquela que traz a substância que vai ser peneirada pela mídia (sensacionalista ou não), que vai virar notícia, que vai ser faisca pra comentários intermináveis, discuções em broadcast, que vai se candidatar a capa de revista, a foto destacada, a frase em quote, enfim, essa comunicação tem sido muito pensada nessa copa.

Imagina se Gana ganha do Brasil, será que a foto dele com uma gravata de zebra pode ser a escolhida pra estampar a capa dos jornais do mundo? O cara que levou uma equipe inexpressiva a vencer da seleção favorita do mundial. Mas que baita zebra teria sido.

As vezes as idéias não dão certo por faltar um detalhe que a completaria, então não acontecem, não fecham a lógica, mas tão lá engatilhadas.

Por outro lado, nem tudo é pensado. Mas com a falta do que dizer tem jornalista de sobra pra pegar uma imagem, uma frase, uma palavra, que seja, e encontrar um significado inexistente. Pra isso existem caras como o Rodrigo Paiva que tá na seleção pra ajudar o time a vencer o confronto com a mídia. Pra colocar as palavras certas nas bocas certas e travar as investidas da guerrilha, dentre outras formas, prevenindo o seu pessoal de oferecer fogo amigo. E com pequenas estratégias pra apagar comentários disso ou daquilo.

No jogo do Brasil com o Japão, por exemplo, quando o Ronaldo revertou em campo sua condicão decendente com aqueles dois gols, ele driblou os críticos que afirmavam que ele tava fora de forma, pesado, gordo... bem, no final desse jogo a câmera seguiu o Ronaldo na saída do campo. Não é estranho que a primeira pessoa que espera o Ronaldo na beira do campo é o Rodrigo, que cochicha duas frase no ouvido dele. Em seguida, na saída dos vestiários, naquele corredor de entrevistas, vem o Ronaldo, que é chamado pelo reporter da Globo. O Ronaldo chega no cara, bem de frente pra câmera e, enquanto responde a primeira pergunta, seca o rosto com a camisa deixando a temida barriga a mostra, que tava direitinha. O ato foi ensaiado, pensado pelo Rodrigo. Tenho certeza.

Wednesday, June 28, 2006

Um estudo profundo sobre a influência do despertar no humor diário

Sonhar é uma das coisas mais interessantes da vida. Nem tô dizendo do legal que é sonhar acordado, aquele sentimento de idealização de algo. Falo do sonho mesmo, das viagens que a gente faz, das combinações estranhíssimas de fatos marcantes da vida com coisas da memória recente. É divertido e parece ter uma função, seja lá qual for.
Por isso sou contra despertador. Que desperta a gente do sonho... tsc tsc tsc, naquela hora que tu deu o salto e tá quase quase chegando na lua, péééééé! O voo magnífico, o encontro inesperado, o dom adquirido, o desejo inconciente, a memória infantil, qualquer uma dessas coisas faz pluft, desaparece. E o que aparece é uma realidade com os seus desprazeres enfatizados pelo contraste com aquelas maravilhas oníricas. E o dia começa chato.

Então, quando é possível, não ponho mais despertador e confio no meu despertar biológico. E também no despertador dos trabalhadores da obra ao lado de casa que não deve falhar nunca, já que as oito e meia sempre tem marreta, serrote e outros barulhos incríveis, abafados no volume certo, pra penetrarem meu sonho e fazer eu encerrar a historinha numa boa.

Tuesday, June 27, 2006

Jogar bonito não é nada fácil.

Essa coisa de jogar bonito é parecida com o que eu conhecia por nadar fácil. Quando um nadador nada fácil ele aparentemente não tá fazendo força, na percepção de quem tá de fora, observando-o. O braço entra sem pressa, alongado, encontra a água lá na frente crava uma alavanca que atira o corpo pra frente em velocidade constante. É como o Popov nadava, como o Gustavo Borges, o Ian Thorpe. Movimentos lentos e controlados que fazem alcançar velocidade maior e vencer, vencer sempre. Esses caras são tão bons que parecem não se esforçar. Dá até uma certa raiva. E dá raiva perceber que isso é o que se espera da seleção brasileira de futebol. O que se ouve é que ganha mas não convence. Mas ganha de 3 x 0 numa oitava de final sobre um time cheio de negão bombado, craques de times europeus, treinados com todas e mesmas condicões que nossos compatriotas. E isso não é o suficiente? Ainda tem que jogar bonito? O que é bonito? Ok, quero ver lances ousados, passes imprevisíveis, bolas se movimentando em caminhos surpreendentes. Por isso vou olhar de novo o jogo, na reprise compacta pra encontrar a jogada mais bonita. Pra mim é diversão suficiente ganhar com 3 de diferença e, melhor ainda, tranquilo. Ah! quem joga? se joga Juninho, Gilberto Silva, Robinho, Adriano? putz, não sei. Confio no Parreira pra tomar essa decisão por mim.

A comparacão de natação com o futebol é quase desnecessária. Vale apenas pra lembrar que o importante é vencer. A beleza, a admiração estética vem um pouquinho depois, na hora de contar e florear a história.

Monday, June 26, 2006

Nike do cachimbo


Domingo é dia de encontrar roupa de marca no centro da cidade. Ok, todo dia é dia de encontrar Nike, Puma, Adidas, Mormay, mas domingo é certeza porque não tem canelagem (é quando a fiscalização vem com tudo, de carrinho na canela da garotada). Quem me disse foi o Mauro, meu chará, que monta banca lá todos os dias e que me vendeu um abadá. Noutros dias é mais provável encontrar variações interessantes de marcas como essa, que reproduzo de uma estampa numa camiseta oficial da seleção brasileira de futebol, à venda por R$30 ao lado do Chalé da Praça XV.