Jogar bonito não é nada fácil.
Essa coisa de jogar bonito é parecida com o que eu conhecia por nadar fácil. Quando um nadador nada fácil ele aparentemente não tá fazendo força, na percepção de quem tá de fora, observando-o. O braço entra sem pressa, alongado, encontra a água lá na frente crava uma alavanca que atira o corpo pra frente em velocidade constante. É como o Popov nadava, como o Gustavo Borges, o Ian Thorpe. Movimentos lentos e controlados que fazem alcançar velocidade maior e vencer, vencer sempre. Esses caras são tão bons que parecem não se esforçar. Dá até uma certa raiva. E dá raiva perceber que isso é o que se espera da seleção brasileira de futebol. O que se ouve é que ganha mas não convence. Mas ganha de 3 x 0 numa oitava de final sobre um time cheio de negão bombado, craques de times europeus, treinados com todas e mesmas condicões que nossos compatriotas. E isso não é o suficiente? Ainda tem que jogar bonito? O que é bonito? Ok, quero ver lances ousados, passes imprevisíveis, bolas se movimentando em caminhos surpreendentes. Por isso vou olhar de novo o jogo, na reprise compacta pra encontrar a jogada mais bonita. Pra mim é diversão suficiente ganhar com 3 de diferença e, melhor ainda, tranquilo. Ah! quem joga? se joga Juninho, Gilberto Silva, Robinho, Adriano? putz, não sei. Confio no Parreira pra tomar essa decisão por mim.
A comparacão de natação com o futebol é quase desnecessária. Vale apenas pra lembrar que o importante é vencer. A beleza, a admiração estética vem um pouquinho depois, na hora de contar e florear a história.
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