Bia Falcão ensina a viver no Brasil.
Ontem fui consultado, em um grupo do qual faço parte, a dar minha opinião sobre o envolvimento desse grupo em uma ação proposta por uma empresa que tem a sua frente um cara que, no passado médio, fez o que eu chamaria de falcatrua intelectual. Esse cara apresentou em entrevistas de emprego, onde ele buscava uma vaga na direção de arte de agências aqui de POA, duas peças publicitárias minhas e algumas outras peças de outros profissionas conhecidos meus, como sendo criadas por ele. Ou seja, ele se apropriou indevidamente do meu trabalho intelectual e quis ganhar vantagens (um emprego) com o esforço que não foi dele. Agora ele propõe uma acão muito interessante de parceria com esse grupo que faço parte, e estamos tentados a aceitar essa ação, mediante a boa premiação que é oferecida.
Então ficou uma questão ética no ar. Aceitar a boa proposta e esquecer o passado? Não aceitar como veredito de um julgamento? Conversar com a pessoa e esclarecer o fato do passado antes de tomar a decisão?
Apesar da lógica me levar à última opção, algo me diz que o fato de viver no Brasil não permite tal coisa. Me parece que a falta de conceitos básicos de ética, a falta de memória coletiva, a completa falta de punições, o quadro caótico que vivemos, tudo isso e muito mais me faz ser previdente e não acreditar na versão, nem sequer na acariação olho-no-olhoi. Me faz sentir a necessidade de avaliar exclusivamente o fato, sumariamente.
Afinal, existe a máxima consagrada na última semana por uma brasileiríssima:
"A VERDADE É RELATIVA E TEM MUITOS FATOS. MUITOS FATOS.
TUDO DEPENDE COMO A HISTÓRIA É CONTADA"
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