O Brasil.
Hoje de manhã tomei café no Listo, ali na Padre Chagas. Sentei na mesa enquanto a Martina foi pedir dois farroupilhas e dois café-com-leite. Na mesa, a minha frente, tinha um grupo de quatro pessoas, uma delas muito falante, com uma voz estranhamente aguda, prendia a atenção dos outros três, e a minha por instantes. Acompanhei o papo por uns minutos até entender que os três eram jogadores de futebol, o que se tornou óbvio quando observei os trajes e os cortes de cabelo. E o outro, da voz esganiçada, juro que era o empresário. Vestia terno risca de giz e pregava um papo glamourizante sobre os três humildes. Coisas do tipo "agora que tu tá na calcada da fama tu vai ver o que é mulher bonita", "roupa!? ah... vocês não viram nada... semana que vem a gente passa na Conte Freire. Vocês nunca viram atendimento tão profissional. hahaha!", "tem uma joalheria em São Paulo especializada em cruz. Fazem de ouro, diamante, platina, sabe platina?" - "Platini, o francês, to ligado! - disse sorrindo o do cabelo desenhado. Todos gargalharam. Três deles em êxtase, com um anzol na boca.
Enfim, uma manhã qualquer nesse Brasil idolatrado.
Tomei meu café, comi meu farroupilha e fui fazer valer esse dia útil.
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